Luciana Varella

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Professora licenciada em Letras, regitrada no Sinpro-Rio,nº46.752-9. ____________________ University Estácio de Sá – Rio De Janeiro – RJ. Bachelor and License in Language: Portuguese and English Date: 2000-2005 Masters Degree incomplete in Linguistics. University Of Porto – Portugal Date: 2007 SKYPE luciana2908 Facebook: http://www.facebook.com/luciana.varella.wup __________________________ Habilidades: -Aulas para escolas tradicionais; -Aulas particulares; -e-learning (ensino a distância) de Língua Portuguesa para Falantes de Inglês; -Cursos preparatórios em geral; -Aulas de Língua Inglesa Instrumental, Gramatical e Conversação; -Apoio escolar em Língua Portuguesa e Inglesa; -Revisão e redação de textos publicitários; -Confecção de materiais didáticos; -Pesquisas gramaticais e lingüísticas. ________________________ Working with e-learning if the student is not in my hometown. I offer the Teaching Service of Native Portuguese Language for people who need to learn it. Public served: English speakers. Private classes as a Portuguese/English Tutor for students who need a school support on Elementary / Middle / High school.

domingo, 26 de agosto de 2007

Uma declaração de Amor

Declaração de amor Clarice Lispector
Esta é uma confissão de amor: amo a língua portuguesa. Ela não é fácil. Não é maleável. E como não foi profundamente trabalhada pelo pensamento, a sua tendência é a de ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza. E de amor. A língua portuguesa é um verdadeiro desafio para quem escreve. Sobretudo para quem escreve tirando das coisas e das pessoas a primeira capa do superficialismo.
Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível de uma frase. Eu gosto de manejá-la - como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas, às vezes lentamente, às vezes a galope.
Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram para nos dar uma herança de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.
Essas dificuldades, nós as temos. Mas Não falei do encantamento de lidar com uma língua que não foi aprofundada. O que recebi de herança não me chega.
Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, e me perguntassem a que língua eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português. Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem do português fosse virgem e límpida.

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