Luciana Varella

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Professora licenciada em Letras, regitrada no Sinpro-Rio,nº46.752-9. ____________________ University Estácio de Sá – Rio De Janeiro – RJ. Bachelor and License in Language: Portuguese and English Date: 2000-2005 Masters Degree incomplete in Linguistics. University Of Porto – Portugal Date: 2007 SKYPE luciana2908 Facebook: http://www.facebook.com/luciana.varella.wup __________________________ Habilidades: -Aulas para escolas tradicionais; -Aulas particulares; -e-learning (ensino a distância) de Língua Portuguesa para Falantes de Inglês; -Cursos preparatórios em geral; -Aulas de Língua Inglesa Instrumental, Gramatical e Conversação; -Apoio escolar em Língua Portuguesa e Inglesa; -Revisão e redação de textos publicitários; -Confecção de materiais didáticos; -Pesquisas gramaticais e lingüísticas. ________________________ Working with e-learning if the student is not in my hometown. I offer the Teaching Service of Native Portuguese Language for people who need to learn it. Public served: English speakers. Private classes as a Portuguese/English Tutor for students who need a school support on Elementary / Middle / High school.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Meu rico Português, texto brilhante.

Leiam, o texto é fantástico. Foi utilizado na prova de seleção para professores de Português, Marinha do Brasil.

Meu rico Português Nenhum crime é cometido mais vezes no Brasil que o assassinato da língua portuguesa. A todo minuto, milhões de brasileiros – brancos, negros, amarelos, café-com-leite, quatrocentões ou montados em Manaus, pobres ou ricos, de todas as classes ou desclassificados – mutilam o nosso idioma, arrancando-lhe as pernas, ferindo-lhe os braços, apunhalando-lhe o peito ou matando-o por completo. Não só os criminosos são de todos os tipos mas também os meios de tortura e de extermínio: de viva voz, televisivo, radiofônico, impresso, telefônico e pela Internet. Já falei aqui outro dia do menas. Menas vem sendo utilizada cada vez mais, sem mais nem menas. Só não ouvi ainda alguém dizer qua a criança já aprendeu a fazer as contas de mais e de menas. Dei um pequeno exemplo, unzinho só, quando há uma profusa profusão deles. Do jeito que as coisas vão, não tardará muito para que ouçamos ou leiamos coisas deste tipo: “Após as reuniões do conselho que houveram nas últimas semanas, eu, na qualidade de presidente desta organização, e sempre enganjado no problema que enfrentamos, de falta de capacidade, atendimento ao público, venho comunicar oficialmente a decisão de construirmos mais uma ala. Quero abrir aqui um entre parentes: depois que eu truxe a área de produção para mais perta, as coisas já melhoraram, mas não o suficiente. As vantagens com a construção da nova ala serão enormas, pois, com a demora hoje existenta entre a chegada do cliente e o seu efetivo atendimento, a nossa imagem está meia comprometida. Com a nova ala, a equipe poderão tomar conhecimento dos problemas logo e tomar medidas também com menas demora. Ninguém mais será tratado como mendingo bem como a ninguém será dado qualquer previlégio. Temos a certeza de que, com isso, vai vim um dia em que praticamente não teremos mais estas defasagens hoje tão inconvenientas. Ainda não dá para mim precisar a data exata do início dessa construção, cujas primeiras idéias surgiram já fazem dois anos, mas garanto que seja bastante breva”. Parece exagero? Pois das dezessete aberrações acima, só inventei cinco; o resto, ouve-se. E é só olhar à nossa volta para vermos que estamos cercados de seje, esteje, chapéis, troféis, mas, porém, muita dó, degrais, asterísticos, parentes, eu tinha chego, ele tinha trago, se eu ver, tivemos uma perca, quiz, a nível de, puzemos, o meu óculos, atráz, atrazo, cuestão, encima, a telefonema, o clips e etc . , ad infinitum. Eu sôo só de pensar no que mais vão inventar.

Guilherme Nucci. A Gazeta, 20 de maio de 2003.

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